Por: Flávia Mesquita
Realizado pelo Juizado de Menores, o
curso preparatório para pais adotivos oferece orientações para as famílias que
tem o desejo de adotar uma criança. Conta com a presença de psicólogos da área
e pronunciamento do atual Juiz.
De início houve a apresentação de todos,
incluindo dirigentes, e após uma dinâmica em que, os futuros pais adotivos
desenhavam e colavam gravuras em um papel para demonstrar o ato de adotar na
construção da família sonhada, passava-se cartaz por cartaz para que cada um
pudesse visualizar e em seguida cada autor do desenho expôs em palavras o que
significava cada obra. De forma generalizada todos demonstraram o sonho de
formar uma família, de dar amor ao novo membro, do desejo e perspectiva que
envolve o processo de adoção. Após pontuar, a psicóloga esclareceu a
naturalidade dessas reações e colocou em pauta as eventuais crises que podem
ocorrer na adoção, onde tudo é um sonho, porém, o racional deve prevalecer, ela
diz que o encontro pode ser um momento difícil, pois, o adotado leva consigo
uma história pregressa, características particulares em carga genética, que
pode afetar de certa forma esse primeiro contato com os pais adotivos. Nesse
primeiro momento, também deixou claro, que a adoção é uma relação mútua, os
pais adotam as crianças, e essas adotam uma família. Esses comportamentos,
segundo Monise, se não bem administrados pode levar a uma entrega da criança de
volta á instituição, por isso uma orientação prévia da realidade do mundo
adotivo, em que a criança não será um simples objeto adquirido e sim um ser que
acabou de ser concebido em um novo ambiente e que precisa ser moldado, educado,
para construção de seu caráter.
O Exmo. Srº Juiz de
Direito da Vara da Infância e Juventude Drº Walter Ribeiro Costa Júnior,
participou do curso esclarecendo leis acerca da adoção, exemplificando na
prática diária como essas leis devem ser aplicadas, enfatizou a
responsabilidade dos futuros pais adotivos, e expôs a realidade que, os futuros
pais não estavam ali recebendo essas orientações para adquirir “um bem”, mas
sim, estavam sendo observados e avaliados para serem habilitados ou não á pais
adotivos das crianças sob os cuidados do estado.
O curso encerrou com
outra dinâmica em que, os ouvintes encenaram um Juri, os réus fictícios
contaram uma história também irreal de uma adoção ilegal, sem processo
preparatório, frustrada e culminada com a entrega da criança ao Juizado,
dividiu-se a sala em defesa, acusação e Juri de um Tribunal. A audiência
fictícia teve início com a história, os questionamentos e argumentos da
acusação, da defesa e a sentença dos réus, onde se levantaram questionamentos
relevantes como: se não estou satisfeita com a adoção tenho obrigação de
entregar a criança? Estou com sérios problemas familiares, pois, não fui
orientada a como me comportar com as crises, então a melhor maneira é devolver
o adotado? A psicóloga respondeu que esse curso serve para isso, alertar essas
famílias á como receber essas crianças em seus lares, como agir á cada
comportamento esperado, como á situação do novo ambiente vem repercutir na
mente delas, coloca que é preciso uma consciência da realidade desse novo
membro da família, que ele (a) não vem moldado como “robô”, mas que traz sua
história, seu contexto, sua vivência em outro ambiente, seus costumes, sua
personalidade e que isso tudo com amor e dedicação deve ser moldado, para que
esses pequeninos seres cresçam como pessoas de bem e tendo uma família, bem
estruturada, pronta para recebê-los. Parabeniza a iniciativa desses futuros
pais adotivos, em não ter um pensamento egoísta e sim de poder dividir seu amor
e carinhos com essas crianças.
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2013/05/justica-lanca-cartilha-para-incentivar-adocao-de-criancas-no-amazonas.html
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